quinta-feira, 12 de maio de 2011

INFLUÊNCIA DA MÉTRICA E DA RIMA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

INFLUÊNCIA DA MÉTRICA E DA RIMA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO*

  Raimundo Clementino Neto**

RESUMO:
Este artigo procura mostrar a importância de se utilizar a Métrica e a Rima no processo de alfabetização, ao mesmo tempo dá  exemplos de pessoas que se alfabetizaram a partir do uso  do texto rimado e metrificado, soletrando o Folheto de Cordel, caso do poeta Moreira de Acopiara. Deixa bem claro, de acordo com o Profº. Enio Homero, que existe uma brutal omissão e o pior, até discriminação, quanto à utilização de tal metodologia, - isso ocasiona um enorme descaso e desinteresse pelo assunto, - justamente por parte daqueles que deveriam estimular o uso desta sistemática, que com sua eficácia ajudaria  no cambate ao analfabetismo, além de incentivar a leitura e desenvolver o raciocínio,  conforme artigo da Profª. Drª. Márcia de Abreu. É um estudo que se baseia na Proposta Libertadora de Paulo Freire, em que  o aluno trás o seu universo vocabular para a sala de aula, e há a necessidade da utilização das Estratégias de Leitura de Isabel Solé. Trata, ainda, de apresentar a solução para o problema, que poderá ser resolvido a partir do empenho de todos, no desenvolvimento de práticas de utilização de Métrica e Rima, só assim a escola ganharia mais esta ferramenta, extremamente necessária, aos processos de construção do aprender.  Fica a interrogação, por que e até quando tamanha omissão prevalecerá?

PALAVRAS-CHAVE: Rima,  Métrica,  Cordel,  Educação.










INFLUÊNCIA DA MÉTRICA E DA RIMA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.

           




            Por que tamanha omissão à utilização da Métrica e da Rima no processo de
ensino?        
            Este artigo tem como objetivo mostrar que a Métrica e a Rima têm uma importância fundamental no processo ensino-aprendizagem, constatar o desprezo a essa técnica da poesia, (aparentemente não percebido) que uma vez utilizada, poderia ser uma ferramenta essencial para:  transmitir conhecimento, combater o analfabetismo, promover a prática da leitura e desenvolver a criatividade e o senso crítico do aprendiz.
            A elaboração deste objeto de estudo justifica-se pela sua capacidade de mostrar que a omissão à Métrica e Rima constitui um lapso grandioso no processo de ensino. A maioria dos poetas adotam esta sistemática como base para suas criações literárias, o analfabeto consegue produzir conteúdos primorosos neste formato e com isso são atingidos os pontos extremos de uma sociedade e ela mesma como um todo. No entanto, o uso da Métrica e Rima está sendo desprezado quase que totalmente por autoridades competentes, estudiosos e consequentemente por toda a população que passa a desconhecer o referido assunto e sabe muito menos ainda da eficácia de sua utilização no campo da produção e construção do aprender.
            O presente trabalho baseia-se em investigações ou estudos realizados no universo escolar, na observância dos conteúdos da grade curricular, utilizados  no sistema de ensino, onde constata-se a pouca ou quase nenhuma utilização da Métrica e da Rima nos processos iniciais da aprendizagem. Servem como base de fundamentação teórica neste estudo, educadores como Paulo Freire, Isabel Solé e há ainda uma identidade com  os PCN`s, -  (1998) que são uma proposta inovadora e abrangente  -  quando expressam o empenho em criar novos laços entre o ensino e a sociedade e apresentar ideias do “que se quer ensinar”, “ como se quer ensinar” e “para que se quer ensinar”. Com isso abre-se um espaço para a utilização do Cordel, principalmente, na alfabetização, uma vez que esta Literatura é tida como uma cultura de massa, constituída em sua grande maioria por pobres, oprimidos, analfabetos que ao trazerem o seu mundo para a sala de aula, tornam-se eles próprios os elementos constituintes da Proposta Libertadora do educador Paulo Freire, (1984, p. 21-24) que defende que:  “a alfabetização é criação ou montagem da expressão oral.”  (...) referindo-se ao fato que:  “a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”. Daí Paulo Freire conclui:  


As palavras com que organizar o programa da alfabetização deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, os seus anseios, as suas inquietações, suas reivindicações e os seus sonhos. Deveriam vir carregados de significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador.

            Segundo Angela Kleiman (2008, p.52) “a leitura precisa permitir que o leitor aprenda o sentido do texto não podendo transformar-se em mera decifração de sígnos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos” - no caso do romance de Cordel, o leitor terá facilidade de compreender o texto porque é enfocado o seu próprio mundo, assim o contexto é facilmente assimilado e haverá maior clareza na hora de interpretar os fatos e acontecimentos narrados, uma vez que estes constituem um enredo que se identifica com o alfabetizando.
            A busca e a colocação da palavra certa, no local exato, na produção do melhor conteúdo são formas de exercitar a mente e desenvolver o raciocínio, Métrica e Rima facilitam a capacidade de memorização e o aprimoramento de suas técnicas de aplicação remete indubitavelmente o aprendiz ao “esquecido”  caminho da criatividade.
            Sobre Métrica e Rima pouco se tem comentado, dito ou escrito, uma prova disso é que são raras as matérias relacionadas ao assunto publicadas em jornais, revistas, televisão, são poucos os encontros, reuniões, e simpósios, voltados para a abordagem deste tema, além da escola que é omissa, fica fácil de se perceber tamanho abandono e desprezo. Pela importância da utilização desta sistemática na educação resolvemos trabalhar o Cordel, que tem como característica mais marcante a Métrica e a Rima no seu processo de construção e foi tão usado para alfabetizar que tem até um estilo cordeliano chamado de ABC.      O artigo,  A arte de escrever bem,  (revista Nova Escola, 2006, p.42) deixa claro que:  “estudar cordel aprimora a escrita ao permitir a reflexão sobre a diferença entre a língua falada e a escrita. Aproxima os alunos da cultura popular. Incentiva o gosto pela leitura”. O texto Cordel é Povo, (Almanaque de cultura popular BRASIL, 2006, p.19) registra que: “o cordel já foi o jornal do sertão: houve livreto que tirou um milhão de exemplares na crise que levou Getúlio ao suicídio, em 1954. Influenciou escritores e ajudou a alfabetizar.” Já a revista Acorda Cordel na Sala de Aula (VIANA, 2006, p.8) destaca que:

Outro papel importante exercido pela literatura de cordel diz respeito à sua função como auxiliar de alfabetização.Sabe-se que incontáveis nordestinos carentes de alfabetização aprenderam a ler deletreando estes livrinhos de feira, através de outras pessoas alfabetizadas. Numa época em que as cartilhas de alfabetização eram raras e não chegavam gratuitamente ao homem rural, o folheto de cordel cumpria espontaneamente essa alta missão social.

            O Cordel  por  exemplo  seria  uma  ótima  ferramenta na sala de aula.  Em  seu 
trabalho de cordel intitulado:  Nos Caminhos da Educação - o poeta Moreira de Acopiara (2003) declara que foi alfabetizado com folhetos e como ele outros poetas e muitos cidadãos. Eis aqui algumas estrofes do folheto citado:

                                       



                                      ... Achei a iniciativa
                                       Ser por demais pertinente
                                       Até porque no Nordeste,
                                       Num passado bem recente,
                                       Cordel alfabetizou
                                       E informou bastante gente.

                                       É que os cordéis sempre são
                                       Histótrias bem trabalhadas
                                       Possuem linguagem fácil,
                                       Estrofes sempre rimadas,
                                       Versos sempre bem medidos,
                                       Palavras cadenciadas.

                                       Eu que nasci no sertão
                                       E no sertão fui criado,
                                       Estou à vontade, pois
                                       De casa para o roçado
                                       Foi através do Cordel
                                       Que fui alfabetizado...        

            A Literatura de Cordel que se caracteriza pelo uso de  Métrica e Rima, ao invés de ter seu uso estimulado, sofre é o drama do preconceito, (Rev. Educativa, 2008, p. 6).


                                                                                                        
. . .Já os cordéis, pelo fato de funcionarem como divulgadores das tradições populares e dos autores locais, detêm uma inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais. Dessa forma, ainda contribuem para a manutenção do folclore nacional . Por serem lidos em sessões públicas e atingirem um número elevado de exemplares distribuídos, ajudam na disseminação de hábitos de leitura e na luta contra o analfabetismo. Além disso, como os assuntos variam de crítica social e política a textos de opinião, a Literatura de Cordel é elevada ao estandarte de obras de teor didático e educativo. Então por que a maioria dos livros que chega às escolas não apresenta nada desse tipo de literatura para os alunos? Nem mesmo os livros que são adotados pelas escolas do Nordeste. A resposta é simples: preconceito!

            As faculdades e universidades, em seus vestibulares, costumam zerar ou eliminar de vêz,   as redações que têm qualquer indício de rima ou métrica. A Rima que faz o acabamento, ornamenta e complementa os conteúdos poéticos, atualmente sofre uma espécie de discriminação quanto ao seu uso, chegando ao ponto de motivar autores a escreverem poesias do tipo “A Rima Discriminada” (CLEMENTINO NETO, 2005, P.37).

            Há pessoas querendo discriminar
            o emprego da rima. Afinal,
            já não dá para ouvir e me calar,
            peço ao leigo e ao intelectual.
            Vamos todos precisamos separar
            algo visto como preguiça mental
            da possibilidade de criar
            para a arte isto é fundamental.

            É preciso se medir a competência
            de quem usa a rima como essência
            da poesia “temperando” uma emoção.

            - Sou a rima viva que voce encontra,
            sou eterna e extremamente contra
            qualquer tipo de discriminação.

            Se mudarmos o formato da apresentação escrita do texto acima e escrevermos em forma de texto/prosa, encontraremos as características de uma pequena dissertação (introdução, desenvolvimento e conclusão)  que pelo seu reduzido tamanho, seria apenas um protótipo autêntico, ou uma espécie de modelo para se chegar facilmente a uma bela redação.   Vários poetas repentistas já produziram e produzem inúmeras estrofes, que são protótipos de redação, embora não tenham consciência disso. O poeta Otacílio Batista improvisou:
           
A mulher tem na face dois brilhantes condutores fiés do seu destino.   (grifo nosso)  Quem não ama o sorriso feminino desconhece a poesia de Cervantes, a batalha dos grandes navegantes conquistando a Procela e seu furor, se não fosse a mulher  mimosa flor, a história seria mentirosa. Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem  gemer sem sentir dor. (grifo nosso)

            Onde a parte negritada do texto é a pequena introdução e conclusão do protótipo.
            Aqueles que acham que a Rima é um processo puramente mecânico, como Bráulio Tavares em seu artigo O Jogo da Rima (REV. LINGUA PORTUGUESA, 2008, p.58) não estão levando em consideração que a Rima, ou melhor, a narrativa rimada tem coerência, existe um enredo, as palavras não são meramente jogadas de qualquer maneira no texto, há um trabalho todo de elaboração do melhor conteúdo que varia de acordo com o conhecimento, com o treinamento e a habilidade de cada um. No mesmo artigo o próprio Bráulio reconhece que:  “(...) nas sociedades sem escrita mas que têm rica produção literária oral, a rima ajuda a memorização dos versos (...)  além de dar prazer estético ao leitor”.
            A Profª. Dra.Márcia Abreu (IEL - Unicamp) ao afirmar  em seu artigo, “Pobres Leitores”:
O fundamental é selecionar palavras que constituam não só um vínculo sonoro, mas também semântico, ou seja,  não basta que os termos contenham o mesmo som final, importa que eles remetam a um mesmo universo de significação. (...) não são raros os casos de pessoas que se alfabetizaram a partir do contato com folhetos, inicialmente ouvidos e posteriormente lidos (...)  não são raros os poetas que aprenderam a ler a partir da audição de leituras de folhetos, feitas por vendedores ou autores, que eventualmente instruiam-nos sobre  as regras de composição desta literatura. O aprendizado formal, em escolas, parece ser menos frequente.

Nos dá total segurança de que o ideal defendido neste objeto de estudo é coerente e plenamente justificável.
            Quanto à Métrica, quando muito se “aprende” na escola, é a separar sílaba gramatical e poética e depois contar equivocadamente quantas sílabas são, de forma lenta, chata e em  cima de um texto que alguém já produziu. Neste caso, a criatividade é zero, em matemática equivaleria a ensinar a fazer a prova dos nove, mas não ensinar o principal que é fazer a conta. A obra “Os Lusiadas, de Camões”,  se fosse assim metrificada, jamais teria sido escrita. A Métrica é muito útil quando se trabalha a relação sílaba tônica / tempo forte do compasso musical.
            Na educação, Métrica e Rima poderiam ser o elo da interdisciplinalidade, pois constituem matematicamente uma espécie de jogo, quebra-cabeça, na aula de História o seu uso poderia narrar de forma diferente os grandes fatos e acontecimentos, (REV. DE HIST. DA BIBLIOTECA NACIONAL, 2006, p.82/84).

A Literatura de Cordel enriquece o ensino da História ao trazer para sala de aula representações diferentes das que estão nos livros didáticos. (...) A literatura de cordel pode ser trazida para a sala de aula como uma linguagem alternativa para o estudo da História. Ao relatarem os acontecimentos de um determinado lugar num determinado período, os folhetos se transformam em memória, em registro e - por que não? - em documento?
                                                
            Como pode de ser empregado em todas as disciplinas, o sistema de  utilização de Métrica e Rima proporcionaria o espírito de competitividade, num autêntico desafio educativo, uma motivação ou estímulo a mais no desenvolvimento da aprendizagem e no despertar para a criatividade.
            Como prof. da Rede Estadual de Ensino no Piauí, vejo nas escolas, de todas as esferas, o descaso e abandono ao assunto. Minha experiência em escrever Cordel e como educador, aponta que o caminho metodológico viável para resolução do problema de omissão à Métrica e Rima, é simples, basta haver um maior envolvimento dos segmentos diversos da nossa sociedade, tais como:
- Governo que promove a educação, e esquece que Métrica e Rima são ferramentas básicas para alavancar o aprendizado, principalmente nas séries iniciais, mas o assunto não é dado em sala de aula como deveria, deixando portanto de ser um importante dispositivo no combate ao analfabetismo que é enorme em nosso país.
           
- Professores que deveriam  sugerir a utilização de  Métrica e Rima para desenvolver o raciocínio e incentivar a leitura, adotando bons livros, as teorias de Freire e aplicação da metodologia das “Estratégias de Leitura” da Profª.  Isabel Solé.
- Mídia, que  primeiro cega e ensurdece as pessoas oferecendo algo vulnerável, que atinge interesse de certos grupos que nada têm a ver com cultura, e ainda induz o cidadão a não ter senso crítico.
            Por fim faltam incentivos e uma política educacional que envolva a sociedade  como um todo em forma de mutirão para que com a execução de bons projetos  (como a edição de livros sobre o assunto, o comprometimento do Governo, o envolvimento de poetas, literatos, professores, academias literárias, igrejas e as comunidades em geral)  voltados para a utilização do texto rimado, metrificado e coerente, dentro do universo da Proposta Libertadora de Paulo Freire e com a aplicação das Estratégias de Leitura de Isabel Solé, possamos contribuir para um mundo mais feliz, civilizado e melhor.





REFERÊNCIAS



ALMANAQUE DE CULTURA POPULAR BRASIL, Cordel é Povo - Andreato com. e cultura, nº 89,  p. 19, 2006, São Paulo/SP.

ARTIGO. Pobres Leitores - Marcia Abreu. - Profª. Drª. do  Depto. de Teoria Literária no IEL/Unicamp.

CLEMENTINO NETO, Raimundo - Protótipos de Redação com Rima Métrica e Inspiração - lª Edição Teresina - Editora Gráfica Rima, 2005.

EDUCATIVA A REVISTA DO PROFESSOR, A Literatua de Cordel sem Preconceito - Ed. Minuano, nº. 18, São Paulo-SP.  

FREIRE, Paulo - A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. São Paulo, - Autores Associados; Cortez, 1984.

FUNDAÇÃO VITOR CIVITA, Revista Nova Escola: A Arte de Escrever Bem - (São Paulo) Editora Abril, Ano XXI, nº 198, 2006.

LIMA, Arielvaldo Viana,  Acorda Cordel na Sala de Aula - lª Ed. Fortaleza, Tupynanquin. Editora Queima Bucha, 2006.

REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL - História em Verso e Reverso - nº. 13, 2006, Rio de Janeiro-RJ.

REVISTA ELETRÔNICA DA FAC. INDEPENDENTE DO NORDESTE, Práticas de Leitura - págs. 52/53 - Vitória da Conquista/BA, 2008.

REVISTA LÍNGUA PORTUGUESA, O Jogo da Rima - Ed. Segmento, nº 34, 2008, São Paulo/SP.

SOLÉ, Isabel. Estrtégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.




ANEXO 01



            O autêntico Folheto de Cordel, exercendo o seu papel de ferramenta básica para a educação. Título: “Cordel Acordo Ortográfico”.  - Autor: Raimundo Clementino Neto.



ANEXO 02


            Este texto que produzi utilizando Métrica e Rima, foi feito para reforçar os conceitos, ilustrar, tornar atraente a forma ensinar e discutir os Fundamentos do Ensino de Gramática, mostrando o uso do Cordel, não só na alfabetização mas em todas as etapas do ensino.


Língua, a mãe soberana,
o escrever, o falar.
Gramática, a regra, o sentido,
podemos considerar
a ferramenta que a língua
dispõe para trabalhar.

Gramática e língua se cruzam
dentro da mesma didática,
depois de muitos estudos
verificou-se na prática:
não há gramática sem língua
nem há língua sem gramática.

Em se tratando de línguas
devemos observar
a parte nomenclatura,
a parte saber usar;
não basta saber o nome,
tem que saber empregar.

Dar sentido ou descrever?
Ser oral ou ser escrito?
Decorar ou entender?
Alguém vai ganhar no grito
e a aula de gramática
ser espaço de conflito.

Concepções de Linguagem,
as três apontadas são:
linguagem como instrumento
qu’é de comunicação,
expressão do pensamento
e forma de interação.

Três gramáticas, cada qual
é mais representativa,
tem a internalizada
e a gramática normativa,
já na descrição da língua
se encontra a descritiva.

Hoje a Língua Portuguesa
enfrenta um problema sério
são as crises do ensino.
É crise: - do Magistério,
Social e Científica;
falta lei, falta critério.

À Norma Culta, se liga
ao ensino prescritivo;
já novas habilidades,
é o ensino produtivo;
para as funcionalidades
há o ensino descritivo.

A Análise Linguística
aos poucos tem aplicado
“gramática reflexiva”
colhendo por resultado
caracteristica de um
pensamento organizado.

São estratégias que ensinam
o aprendiz a pensar,
ver os recursos linguísticos,
saber bem explicitar:
elementos da gramática
e teorias criar.

Mudanças, para evitar
a situação estática
só com professores dando
lições como esta prática
disciplina: - Fundamentos
do Ensino de Gramática.

Aplicar os PCN`s,
usar a reflexão,
rever o livro didático,
saber interpretação,
enfatizar a leitura.
Esta é a solução.

A Gramática Normativa
pode até ser comparada
com um tipo de “amante
que quando assediada
as vezes até complica,
mas nada como uma olhada.”

Finalizo a abordagem
educativa e bem prática,
fiz o que disse Perini (1978)
usando a eficaz tática:
“Não apenas aprender
mas também fazer gramática”.



Em linguística, mais precisamente na Norma Culta, podemos sim:
trocar o certo pelo duvidoso.


Um comentário:

  1. Adorei suas Postagens ,Parabéns pelos Trabalhos divulgados.
    Cantor e Compositor Osmir Pires.

    Brasília,24 de novembro de 2013.

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