quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

(Poesia) Relembrando a Bienal - FORTALEZA / CE(U)

Relembrando a Bienal

FORTALEZA / CE(U)

Eu sei do mundo que vivo,
Não sei do mundo de lá.
Existirá céu na terra?
Se céu na terra haverá,
Este céu é Fortaleza
Capital do Ce(u)ará.

Um lugar em que seu povo
Já conseguiu transformar
Tudo em adro-celeste
E a arte de Alencar
Fez de cada habitante
Uma estrela a brilhar.

Enquanto eu ali estava
Na terra alencariana
Vi cordéis, vi tantos livros,
Vi cultura nordestina;
Que nem quase me lembrava
Que eu era de Teresina.

Não encontrei Zé Maria
Me deu até um suspense,
Mas ao falar com Verônica
Na capital ce(u)arense
Ela me enxugou as lágrimas
De âmbito piauiense.

A Casa do Cantador
Vi com estes olhos meus
Parecia até um céu
Com Nossa Senhora e Deus
Representados ali
Por Lúcia e Dimas Mateus

Um ser sobrenatural
Eu vi naquela semana
Nele embutido, na íntegra
A alma cordeliana
De Leandro e Athayde,
Tudo em Klevisson Viana

Encontrei em dona Dulce
Uma flor na poesia,
Tanta generosidade
Que até se parecia,
Conforme o nome sugere,
Irmã Dulce da Bahia.

Um monstro da cantoria
Que vi lá foi o Geraldo,
Uma figura exemplar
Positiva, com respaldo.
Se arte fosse dinheiro
Era infinito seu saldo.

Saudo os demais poetas
Em nome de Guaipuan,
No mesmo instante em que digo
Fortaleza sou seu fã
Em mim nasce um novo sonho
Morar em ti amanhã.

Setembro / 2004
Eu viajei e fui lá
Em Fortaleza, adorei
Meu coração lá está.
Fui a 6ª. Bienal
Feira Internacional
Do Livro do Ce(u)ará.

Há exatamente 10 anos estive em Fortaleza por ocasião da
VI Bienal Do Livro, onde escrevi este pequeno texto que continua muito atual. Não custa nada relembrar, obrigado Ce(u)ará!

Raimundo Clementino Neto

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